domingo, 25 de novembro de 2018

Kibe Assado - do Sérgio


Aos domingos sempre escolhemos comida de forno.
Menos gordura, mas saudável.
Hoje foi kibe assado.
A receita da mistura e o modo de fazer é padrão, mas o segredo é são os temperos.
O trigo quando é colocado na água para inchar ganha uma série de tempero secos que vão hidratar junto. Depois que é misturado com a carne separa duas partes. Uma para a base e outra para cobrir. Agora observe o recheio entre as duas metades da massa de carne e trigo.
A mistura tem ricota, requeijão, azeitonas, pimenta biquinho e muitas folhas de hortelã.
As folhas dão o sabor refrescante e não precisa ter folhas frescas.
Compramos as folhas e depois de separadas vão para o congelador. Na hora de usar a umidade traz de volta aroma e sabor.



Hambúrguer de sábado

A cada dia surgem mais hamburguerias na cidade.
Quem é da minha geração teve o primeiro contato com a carne moída prensada nos primeiros fast foods ou nos congelados. O hambúrguer gourmet, mais alto, com carne de melhor qualidade demorou a aparecer como opção ao Bobs ou ao Mac.
Mas vou falar de hambúrguer feito em casa.
Pra começar a carne moída não pode ser muito seca. Não da para ser uma carne dura porque o
hambúrguer pede um pouco de gordura e descobrimos que moer picanha é uma boa opção.
Depois essa carne precisa ser bem temperada e os complementos que cada um quiser . Bacon, queijo de qualquer tipo, salada. Vale tudo.
Este foi dito pelo Alexandre Leonel (@leonelmc_official) e a opção por hambúrgueres mais finos foi colocar dois, ou até três, no mesmo sanduíche.


sábado, 24 de novembro de 2018

“Invencionice “


Sábado. Folga. Preguiça de cozinhar.
Abre a geladeira e olha,olha e inventa.
Linguiça fininha cortada e selada no azeite com temperos secos (algo,cebola,cheiro-verde).
Arroz branco cozido sem nenhum segredo.
Seleta de legumes congelada cozida rapidamente para não desmanchar
Azeitonas e mistura tudo com provolone ralado e leva ao forno 180 graúdo por 20 minutos.





quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Paraty na mesa - por Thiago Carvalho

O pedido de postagens colaborativas começou a dar resultado.
Os queridíssimos Thiago Carvalho e Vinicius Celso passaram alguns dias em Paraty, no Rio de Janeiro, e quando vi a foto com alguns dos pratos que descobriram por lá pedi - sem qualquer cerimônia - um texto para postar aqui. Não editei porque apesar de longo tem nuances muito particulares que valem ser percebidas.

Fotos: Thiago Carvalho/Vinicius Celso

"Quando viajo, um dos meus maiores prazeres é encontrar lugares em que se possa comer bem. Isso não quer dizer que deva ser muito sofisticado ou caro. Muitas vezes os lugares simples são os que tem os melhores sabores.
Meu último feriado foi em Paraty e a caça por um bom prato não poderia ser diferente. Com a melhor companhia de viagem, Vinícius Carvalho, percorremos lugares interessantes da cidade histórica. 

Ficamos hospedados na pousada Caminho do Ouro, a cerca de três quilômetros de distância do Centro Histórico, muito charmosa e agradável - com um café da manhã dos sonhos. 
Quem cuida de tudo é o casal Adriana e Christophe Legond, ela administra e ele é o chef.  
É ele, também, que está a frente da cozinha do bistrô Voilà, que funciona no mesmo lugar. Um simpático e delicioso restaurante de culinária francesa. Como são poucos e disputados os lugares é preciso reservar com antecedência para garantir sua mesa. 

Antes de falar sobre o menu do bistrô, vou contar como começou a nossa aventura gastronômica. 
Nossa primeira parada foi uma dica da Adriana, dona da pousada. Como tínhamos acabado de chegar queríamos algo mais próximo de onde estávamos hospedados, ela nos sugeriu visitar o restaurante da Fazenda Bananal. Uma fazenda centenária, aberta à visitação e que hoje tem um sistema totalmente sustentável de produção. Tudo o que é cultivado no local (aves, ovos, leite, verduras e legumes) é utilizado em um restaurante dentro da fazenda e, descobrimos depois, em uma pousada, uma cafeteria e outro restaurante, dos mesmos donos, que ficam no centro da cidade. Voltando à fazenda, ou melhor, ao restaurante. Além de muito bonito e agradável, o cardápio traz sugestões bem interessantes. O couvert com pães e a manteiga da casa é uma boa escolha para iniciar.

Eu pedi um leitão com lentilhas, Vinícius foi em um galeto caipira com polenta com toques de laranja. O leitão vem desfiado no centro do prato, com a lentilha ao redor e coberto com uma couve fininha e crocante, acompanha arroz, batata rústica e uma farofa de banana deliciosa. Uma combinação que traz a sofisticação da apresentação, que nos faz lembrar que estamos em um restaurante diferenciado, sem perder o toque refinado que dá o sabor da comida de fazenda. De sobremesa vale experimentar o pudim de doce de leite.
Um ponto muito importante, o atendimento é primoroso - as pessoas são educadas, atenciosas e te deixam muito à vontade. Os pratos são servidos em boas porções individuais. Em relação ao preço, não assusta, uma média de R$ 100 por pessoa. Primeira missão cumprida.



Em um dos dias queríamos muito comer um peixe gostoso, já havíamos experimentado um meio sem graça. Lembramos de um restaurante que tínhamos recebido um papelzinho desses que as pessoas entregam na rua. Não demos muita bola, mas a fome estava grande. O nome do lugar é Arpoador, Vinícius apelidou de Pandeiro - sabe Deus o porque. É uma mistura de galeria de arte e restaurante. O ambiente é um dos típicos casarões de 1800. O local é simples, com bom atendimento. No cardápio uma boa variedade de moquecas de peixe e outros pratos com frutos do mar. Escolhi a sugestão do dia: bobó de camarão. O Vinícius foi na moqueca de peixe. Dessa vez a escolha dele foi melhor. O bobó estava bem saboroso, mas a moqueca imbatível. O cação chegou numa panelinha borbulhando, com um aroma espetacular. Ainda veio como acompanhamento pirão e um arroz branco. Não resisti, comi o meu prato e ainda metade do dele. E sabe aquele caldinho que fica na panela?! Lembrei das minhas origens de família de pescador e mandei ver com farinha (a moça até assustou com meu pedido). Desculpe, mas o sabor estava divino. 
O custo benefício foi ótimo, preço justo e os pratos bem saborosos, média de R$ 80 por pessoa.

No mesmo dia havíamos marcado de jantar no Voilà. Depois de nos esbaldar no peixe fomos nos deliciar na comida francesa.  O chef Christophe Legond é autodidata e mistura um pouco da brasilidade com a tradição do menu francês. O restaurante é o melhor recomendado pelo Tripadvisor.
Pedimos duas entradas diferentes. Um rolê de presunto de parma ao mascarpone, castanha do Pará e rúculas, acompanhado de pesto e uma bola de gelato de tangerina. A mistura parece estranha, mas combinada fica muito saborosa e refrescante, o sorvete é pouco doce o que garante a leveza no sabor do prato. 
O outro foi um patê rústico de carne, acompanhado de pães e saladinha. A consistência é de uma carne moída apenas uma vez, deixando pedaços maiores. O tempero traz toques de pimenta verde. O cozimento é mais para o mal passado. A combinação do frio da carne com o quente dos pães caseiros traz uma sensação gostosa que aguça o sabor do patê. 
Como prato principal fomos de Boeuf Bourguignon ao molho de vinho tinto, chocolate e cogumelos de Paris, servido com fettuccine da casa. Um dos melhores que já comi, sem muita explicação. A carne desmancha de tão bem cozida e a massa no ponto certo. Para acompanhar escolhemos o vinho Del Fin del Mundo (Patagônia), Pinot Noir - 2015.  
O preço é um pouco mais alto, mas a experiência compensa muito.

Falando um pouco mais sobre a pousada Caminho do Ouro, eles servem um dos melhores cafés da manhã que já pude ter. Os pães, os crepes, bolinhos, croque monsieur e os sucos são deliciosos. Mas quero ressaltar dois itens: a bananinha da terra cozida com açúcar e canela; e o caramelo salgado para as panquecas - divinos.
Quem quiser aproveitar precisa correr. Depois de onze anos, o casal decidiu passar uma temporada na França e arrendou a pousada, que seguirá com uma nova temática. Até o dia 02/12 ainda é possível curtir o lugar. 



Continuando vamos para o último capítulo da nossa saga gastronômica. 
Para a última noite escolhemos o restaurante Quintal das Letras (dos mesmo donos da Fazenda Bananal). O restaurante é o mais sofisticado da cidade, um ambiente bem agradável.
Ainda me faltava comer lula, polvo e mais camarão. Estava com uma vontade reprimida. Já Vinícius queria algo mais trivial. O couvert cumpre bem a função de entrada, pães acompanhados de panacotta de palmito e cream cheese com jabuticaba - o melhor, nos surpreendeu.
Então para aplacar minha vontade de frutos do mar, pedi um Mexidinho do Mar e Vinícius um picadinho - que estava com uma cara ótima e bem saboroso. 
Agora pra quem gosta de frutos do mar, o mexidinho é a melhor pedida. Vem muito camarão, lula e polvo e ainda acompanha um risoto de arroz negro com palmito. O sabor é extremamente refinado, um dos melhores pratos da viagem. 
O atendimento deixa um pouco a desejar, mas não atrapalha a experiência. O preço gira em torno de R$ 120 por pessoa. 
Pelo meio do caminho acabamos comendo algumas coisas não tão boas, mas essas não vale nem comentar. 
Assim terminamos nossa viagem, já pensando na próxima e nos próximos pratos."

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Fundo de Prato Colaborativo

Eu e minhas promessas. 
Sempre digo que voltarei a postar dicas de restaurantes, de comidinhas e receitas de amigos. 
Porém meu tempo é mais curto do que parece. Agora que não dirijo mais meus deslocamentos de metro, ônibus e trens ocupam parte do dia. e o trabalho que é cada vez mais trabalho. 

Então quero fazer uma proposta indecorosa aos amigos que me seguiram em algum momento de suas vidas: mandem suas dicas. 
Receitas, fotos de pratos, rótulos curiosos, embalagens de bebidas. drinks, sei lá, vale tudo para fazer isso aqui ficar colaborativo. 

Eu continuarei postando, mas se vocês ajudarem tenho certeza que a cara vai mudar.
Eu prometo que assino e posto até a foto de quem mandar a receita.

'Vambora'?

Manda no email: neliohorta@icloud.com

domingo, 18 de novembro de 2018

Cores e texturas






Quando fizer compras na feira ou no supermercado perca alguns minutos observando cores e texturas dos alimentos.
Você pode até não gostar muito de frutas e verduras, como eu, mas que são bonitos são!


Veja estas frutas e legumes nos mercados uruguaios.







Bolo de Carne do Rafa!



Demorei mas voltei e trago uma receita daquelas 'vamo juntando para ver o que vai dar'.

Ela é do amigo Rafael Barbi, do Rio de Janeiro.
E se você achar difícil de fazer, por favor, frite um ovo!
Não sabe?
Então cozinhe o ovo! Vai que consegue.

O que leva?

500gr de carne moída
3 ovos
2 colheres de sopa de shoyo
100gr de azeitonas picadas
4 a 5 dentes de alho amassados
4 colheres de sopa de farinha de trigo

Como se faz? Misture bem tudo até ficar uma massa ''lisa"

Unte uma forma com azeite e distribua a massa uniformemente
Forno médio por 25 min...

Ta pronto... é só desenformar e comer!!!

Chivito




Ainda me espanta quantos amigos já estiveram no Uruguai e não experimentaram o sanduiche mais tradicional do país.

Mas o que é o chivito? Se liga na foto!






Na prática é um sanduba com carne (um bife que deve ter apanhado muito para ficar tão fininho), ovo, alface, tomate, bacon, uma azeitona disfarçando o palito que segura o lanche  e muita batata frita. É uma refeição completa. Mal comparando tem um jeitão do beirute sem ser um, sabe como? Não? Deixa pra lá.

Agora outro prato que é muito comum são as milanesas. O nome já diz o que é mas veja a cara desse bife.



Ai você vai perguntar: mas tudo leva batata? Sim, muita batata. 

Segundo a guia de uma excursão que fizemos praticamente todo arroz que é produzido no Uruguai é exportado. O que já sobra pouco para o mercado interno. Além disso nos últimos anos a produção tem reduzido bastante o que faz da batata o carboidrato mais comum nos pratos uruguaios.






PANQUECA




Como eu já disse - sim vou repetir - o segredo da panqueca é o recheio. A mistura é tão fácil que chega a ser ofensivo descrever detalhes mas sei que vão pedir então anota lá.

Eu misturei com o mixer mesmo uma xícara de leite, uma colher de sopa de azeite, poque não tinha óleo em casa, uma xícara de farinha de trigo, um pouco de sal e um ovo. 
Untei uma frigideira pincelando azeite e coloquei a massa.

E ai começam as perguntas:

Ahhhh, mas qual a quantidade??? 
Usa uma concha de feijão/sopa para medir cada panqueca. Coloca no meio da frigideira, da uma mexidinha para espalhar até cobrir o fundo e deixa dourar dos dois lados.

Ahhhh, mas eu não sei virar a panqueca!!!!
Nem eu. Por isso veja na foto que eu uso aquela espátula de virar crepe, de silicone.



Aí começa o lance do recheio que falei lá no início. 
O bacana da panqueca é que dá para por qualquer coisa que sempre fica bom. Pode ser carne, frango, mistura de queijos, e já fiz até com goiabada. Sim, não se assuste: goiabada mesmo.  Porém ainda acho que os recheios salgados são os mais bacanas. Esse ai foi o Sérgio, companheiro de quase trinta anos de jornada que é chegado a inventar na cozinha. Para esse recheio ele fez assim:

Temperou carne moída com vários temperos secos (salsa, cebolinha, alho, cebola, eteceteras e eteceteras) e sal. Depois fez um refogado de alho e fritou a carne até ficar selada. Não sabe o que é isso? É quando a carne começa a perder a cor natural. Fica com cara de frita! (😁) Depois de refogada ele virou sem medir mesmo parte de uma garrafa de vinho. Usou um carmenere, mas vai qualquer um tinto. Qualquer um mesmo, entendeu? Pode ser aquele fim de garrafa que sobrou da véspera e que ninguém vai tomar mais.

Aqui uma dica: vinho vira vinagre então qualquer sobra de vinho que ficar no fundo de uma garrafa pode misturar com outro porque uma hora vai servir para vinha d´alho, ou cozinhar a carne mesmo.

A carne cozinhou no vinho até ficar bem reduzido, quase seco. Antes de secar totalmente incluiu farinha de nozes (compra pronta ou pode mixar em casa deixando uns pedaços maiores), uva passa escura - com vinho tinto não vai colocar uva branca que é pecado - e azeitonas sem caroço.

A mistura vai cozinhar mais um pouco, as passas vão absorver parte do líquido e no final só precisa corrigir o sal.

Outra dica: precisa secar bem porque recheio de panqueca não pode ter muito molho para facilitar na hora de fechar, enrolar, ou como quiser chamar.

Agora vamos fechar as panquecas.




Qualquer carne feita com vinho fica mais escura porque absorve a cor da uva. Então nada de fixar dizendo: nossa que carne feia!!! (😕) 
Para dar cremosidade ao recheio adicionei fatias de requeijão de corte. Tem quem prefira os de colher. Tanto faz, mas esse era o que estava na frente.

E ai surge outra questão: com molho ou sem molho? Olha eu falo pela minha preferência. Não gosto de panquecas " afogadas no molho" (😖). Prefiro mais secas, firmes, como se fosse um crepe mesmo. Por isso depois que estão no tabuleiro eu jogo um pouco de molho de tomate tradicional, tipo pronto mesmo, polvilho com queijo ralado daquele mais grosso, e levo ao forno para gratinar.





Uns 25, 30 minutos a 180 graus e ....tcharãããããããã!!!!!



Essa receita deu 9 panquecas. Uma ficou um pouco menor mas foi devorada com a mesma dignidade das outras. 















Até a próxima. Espero não demorar muito 😉

domingo, 3 de janeiro de 2016

Fettuccine Madrugada

   

Hoje revisitei a receita do Molho Madrugada.

A diferença do tradicional foi que troquei as passas brancas por pretas e dei uma refogada junto com as nozes até ficar bem dourada, dando um sabor mais amargo a mistura. 

Além disso 'ousei' por um pouco de vinho branco nesse refogado.   

Ficou bom, mas precisa de um pouco mais de gorgonzola porque a mistura 'enfraquece' o sabor principal do molho que é o queijo.